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Casca de Laranja vs Liso

Neste artigo, separamos algumas dicas de como evitar o defeito de casca de laranja, um dos problemas de qualidade mais comuns na pintura eletrostática a pó.

Confira ao longo do texto mais detalhes sobre suas causas e formas de driblá-lo.

O que é o efeito “casca de laranja” na pintura e quais são suas causas?

A casca de laranja é definido como uma textura irregular de produtos que deveriam ter um acabamento liso e que lembram a casca de uma fruta cítrica.

O nível de casca de laranja é visualmente determinado comparando-se aos padrões da indústria, como o gráfico de classificação do padrão de suavidade do Powder Coating Institute (PCI).

As causas de casca de laranja na pintura podem ser:

(1) a pistola muito longe do objeto,

(2) a espessura da película muito fina;

(3) o bico pequeno demais

(4) a atomização fraca

(5) a tinta muito espessa

(6) o tempo de evaporação e solvente entre as demãos muito longos

(7) a falta de pré-tratamento

(8) o nível de recuperação de tinta;

(9) o processo de cura.

Cada uma dessas áreas, quando não realizada corretamente, pode resultar em casca de laranja em seu revestimento em pó.

Na sequência, entramos em mais detalhes sobre cada uma dessas causas e ajudamos você a como evitar casca de laranja na pintura.

Pistola muito longe do objeto

Quando a pistola fica muito longe do objeto a tinta começa a secar antes de alcançar o material de superfície e isso pode leva a esse efeito de casca de laranja na pintura.

Espessura da película muito fina

Quando a espessura da película é muito fina, o ar consegue penetrar e oxidar facilmente os filmes finos e estragar a pintura.

Bico pequeno demais

A viscosidade do material a ser aplicado em uma superfície é o que precisa ser levado em conta ao escolher o conjunto bico/agulha/capa.

E para saber como evitar casca de laranja na pintura, o ideal é que você não use bicos pequenos demais.

Atomização fraca

A atomização é o que faz uma névoa fina, sem respingos e bem distribuída no processo de pintura.

Mas se ela for muito fina, infelizmente leva a casca de laranja na pintura.

Tinta muito espessa

Geralmente a tinta fica muito espessa quando se aplica ela em excesso, tanto em uma demão, quanto em sucessivas aplicações em que não se espera o intervalo necessário entre elas. Quando a espessura da película é muito espessa, o filme não consegue derreter e fluir uniformemente.

Preste atenção na especificação técnica da tinta sobre a camada de aplicação recomendada. Se você ainda não tem um medidor de camada, é hora de adquirir um.

Defeitos no Pré-tratamento

A ‘casca de laranja’ pode ocorrer quando a superfície não foi preparada adequadamente antes do pó ser adicionado. As superfícies podem ser preparadas para pintura a pó com jato de areia ou imersão em zinco ou fosfato. O jato de areia pode tornar a peça mais durável, mas pode causar problemas de indentação na peça, danificando muito o resultado da pintura eletrostática preta ou de qualquer outra cor que exija um alastramento impecável.

Se as reentrâncias da superfície forem muito profundas, o jato de areia pode causar o efeito de ‘casca de laranja’. Você pode evitar isso lixando a superfície jateada com uma lixa fina. Outra etapa que você pode realizar é aplicar um primer em pó antes de adicionar sua camada final de pó.

Nível de recuperação de tinta

A recuperação do pó que não é fixado no substrato e cai na cabine durante a aplicação da tinta é uma prática comum, mas que pode afetar no alastramento da tinta quando usado em excesso. As partículas de pó que caem durante a aplicação tendem a ser as partículas de menor tamanho, que tem mais dificuldade de ionização. A utilização desse material vai afetar a distribuição do tamanho das partículas do pó tendendo a causar um alastramento desigual e consequentemente causando o aspecto de casca de laranja.

Se você estiver recuperando pó e tendo problemas de casca de laranja, diminua a proporção de tinta recuperada que está sendo misturada no pó virgem.

Processo de cura

As tintas geralmente são acompanhadas de uma ficha técnica que especifica a temperatura de cura e o tempo que o substrato deve estar nessa temperatura para que o pó derreta e flua na superfície do substrato. É importante notar que o tempo especificado é a tempo que a peça deve permanecer na temperatura informada. Por exemplo, se a ficha técnica especifica 10 minutos de cura a 200 graus Celsius, não basta que a peça fique dentro do forno por 10 minutos. A peça deve primeiro chegar a 200 graus Celsius e então permanecer nessa temperatura por 10 minutos.

O tempo para o aquecimento da peça também depende do material do substrato e do tamanho da peça. É importante medir a temperatura do substrato usando um termômetro infravermelho, ou então medir a temperatura durante todo o processo utilizando um termógrafo.

Conclusão

Neste artigo, você ficou por dentro dos principais problemas que causam a casca de laranja na pintura, mas, mais importante do que isso, aprendeu a como evitar casca de laranja na pintura!

E aqui reforçamos que as táticas para evitar isso são:

  • certificar que o substato esteja preparado adequadamente
  • utilizar a camada de tinta recomendada nas especificações da tinta
  • garantir a pressão de aplicação recomendada;
  • evitar recuperar muito pó fino
  • escolher o bico de aplicação adequado;
  • certificar que a temperatura da peça atinga a temperatura e o tempo de cura conforme especificaçòes da tinta
Pintura eletrostática a pó

Quando surge a necessidade de passar uma mão de tinta em objetos de metal, como aço inox, aço carbono ou alumínio, a indicação é recorrer à pintura eletrostática. E com isso, logo vem a dúvida: o que é pintura eletrostática?

A tinta eletrostática em pó é usada frequentemente por fabricantes de produtos e máquinas. A pintura eletrostática é uma técnica de pintura que entrega um acabamento perfeito, mais duradouro e que fixa a tinta por meio de cargas elétricas.

Para saber exatamente como isso acontece, preparamos esse artigo completo em que explicamos a você o que é pintura eletrostática, como ela funciona, qual a sua diferença para a pintura padrão, onde usá-la, suas vantagens e muito mais.

Siga a leitura conosco para ficar por dentro de tudo sobre essa técnica!

O que é a pintura eletrostática?

A pintura eletrostática é uma pintura que fixa a tinta por meio de cargas elétricas, sendo ideal para superfícies metálicas, como portões de aço.

E, sempre que surge a dúvida de o que é pintura eletrostática, destacamos que esse método deve sempre ser usado em superfícies de objetos que tenham cargas elétricas e metálicas.

A pintura eletrostática é feita com uma tinta em pó, que é dividida em três tipos: poliéster, epóxi e híbrido.

A poliéster é um tipo que raramente fica amarelada com o tempo e tem uma excelente aderência.

A epóxi se destaca por ter uma enorme resistência à corrosão.

Já o tipo híbrido combina as características da poliéster e da epóxi, ou seja, raramente amarela e é resistente à corrosão.

Um ponto muito positivo dessa tinta, independentemente de seu tipo, é que ela é completamente ecológica, por não ter solvente, além de ser de fácil aplicação, conforme explicaremos na sequência.

Como a pintura eletrostática a pó funciona?

A pintura eletrostática funciona com uma pistola especial de pintura, com um compartimento para inserir o pó que é esguichado para fora da pistola com cargas positivas e negativas.

Assim, a superfície em que a tinta é aplicada fica carregada eletricamente com as cargas que são opostas as cargas da tinta.

Justamente por isso, quando explicamos o que é pintura eletrostática e como ela funciona, destacamos que é essencial que ela seja feita por profissionais, de preferência em um local industrial.

Portanto, amadores de pintura devem evitar explorar esse tipo de tinta, por conta da pistola especial de pintura que ela exige e do pó carregado eletricamente que ela solta.

No mais, após o pó esguichado pela pistola encontrar a superfície que está sendo aplicado, acontece a atração entre as cargas opostas, que é o que faz as tintas ficarem fixas no objeto.

Na sequência, o objeto pintado deve ser levado para uma estufa, na qual a sua superfície ganhará uma uniformidade, pois a tinta em pós irá se fundir a ela.

Diferença entre a pintura padrão e a eletrostática

A diferença entre a pintura padrão e a eletrostática está na atração magnética que ocorre entre a tinta e a superfície do metal, isso no caso da pintura eletrostática.

Enquanto nas pinturas padrões, a tinta dos pulverizadores se deslocam exatamente para onde a pistola de pintura está sendo direcionada. 

Isso leva ao excesso de pulverização e dificulta a produção de um revestimento uniforme.

E outra forma de esclarecer o que é pintura eletrostática é entendendo que durante o seu processo, diferente das pinturas padrões, acontece um movimento em que toda tinta é pulverizada.

Na sequência, a tinta pulverizada é autopropelida rumo ao metal, por meio da atração magnética, diminuindo todo o excesso de pulverização e de irregularidades do revestimento.

Onde posso utilizar a pintura eletrostática ?

A pintura eletrostática pode ser utilizada em produtos que fiquem em áreas internas e externas pois tem excelente resistência a intempéries.

Itens frequentemente pintados com tinta eletrostática incluem:

  • mesas;
  • cadeiras;
  • grades;
  • portões;
  • escadas em espiral;
  • janelas;
  • molduras para portas;
  • bicicletas;
  • rodas;
  • acessórios automotivos;
  • superfícies de metal em geral

Quanto tempo dura pintura eletrostática a pó?

A pintura eletrostática a pó dura mais de cinco anos.

E o melhor de tudo é que sua duração se mantém ao longo de todo esse período com um acabamento uniforme, sem gotejamento ou bolhas, sempre liso e sem manchas.

Quanto custa a pintura eletrostática a pó?

A pintura eletrostática pó geralmente custa entre R$15,00 até R$100,00 por metro quadrado do objeto da aplicação.

Não é à toa que o preço acessível também é considerado uma das vantagens deste acabamento.

Porém, ao procurar por um profissional para fazer essa pintura, é fundamental que você não considere apenas os valores.

A primeira coisa que você deve considerar é se essa empresa é autorizada a fazer esse tipo de pintura e se ela tem os equipamentos apropriados, se conhece bem as técnicas e se os seus profissionais estão preparados para o projeto. Pergunte a marca e o tipo da tinta a ser utilizada, cuidado para não utilizar tintas reprecessadas que não oferecem uma boa resistência.

Outro ponto que você deve certificar é o acabamento de brilho e textura. As opções variam: 

  • fosco;
  • brilhante;
  • semibrilho;
  • semifosco;
  • liso;
  • microtexturizado;
  • texturizado.

Além disso, analise se a empresa responsável pela pintura eletrostática a pó irá tratar o seu objeto antes de aplicar este tipo de pintura e se esse processo  é ecologicamente correto. 

Quais as vantagens da pintura eletrostática?

As vantagens da pintura eletrostática vão desde a alta proteção superficial, até o acabamento durável e grande resistência a impactos, corrosões e raios UV. 

E após ajudar você a entender exatamente o que é pintura eletrostática, vamos te ajudar a ficar por dentro de cada vantagem dela. Acompanhe na sequência!

Alta proteção superficial

A alta proteção da pintura eletrostática cria uma base que não é porosa e é fácil de manter a higienização.

E no processo de limpeza, ela permite que sejam usados a maioria dos produtos de higienização comuns, sem que a pintura seja danificada.

Acabamento e aspecto visual durável

O acabamento da pintura eletrostática é sempre uniforme, sem manchas, bolhas ou gotejamento, estendendo assim a vida útil dos materiais, pois os dá um aspecto de novos mais uma vez.

Além disso, protegem os objetos de deterioração e ferrugem, com uma durabilidade de mais de cinco anos.

Grande resistência a impactos

A atração das cargas elétricas neste tipo de tinta e no material em que ela é aplicada, faz com que a tinta fique muito bem fixada.

Logo, isso torna a pintura muito mais duradoura do que a pintura padrão, a deixando resistente a impactos.

Resistência à corrosão

A pintura eletrostática feita com a tinta epóxi tem alta resistência à corrosão, o que diminui os valores gastos com manutenção corretiva e dá uma vida mais longa ao material.

Além disso, o aumento da durabilidade à corrosão também acontece por conta da resistência química e mecânica que essa modalidade de pintura apresenta.

Resistência a raios UV

A resistência da pintura eletrostática a raios UV fazem ela ser a preferida de  indústrias da construção civil, automotiva e de eletrodomésticos.

Excelente flexibilidade

A flexibilidade da pintura eletrostática a torna ideal para cobrir áreas de difícil acesso de um objeto.

Secagem rápida

O tempo de secagem dessa tinta é rápido, acontecendo dentro de lgumas horas.

Logo, ela une em si os benefícios da secagem rápida, melhor acabamento e mais durabilidade.

Como é o processo de pintura? Como aplicar?

O processo de pintura, conforme você viu quando explicamos o que é pintura eletrostática, consiste em usar uma pistola de pintura especial, de ar assistido, e um pulverizador HVLP.

Assim, são usados íons carregados positivamente ligados a partículas atomizadas, que gravitam em um metal aterrado, que tem a sua carga negativa.

Essa carga se une e gruda nas partículas que são coloridas no material e o espalha uniformemente.

Conforme deixam o bico de pulverização em um campo elétrico, essas moléculas de tinta são carregadas positivamente, sendo direcionadas para a carga negativa da superfície metálica.

Por fim, as moléculas de tinta passam por uma atração pela carga mais alta, levando as gotas pulverizadas a irem automaticamente para área sem tinta, formando uma superfície uniforme.

Dicas para aplicar pintura eletrostática a pó

Abaixo separamos algumas dicas fundamentais para aplicar pintura eletrostática pó. Confira!

  • É essencial que você use equipamentos de segurança, pois os equipamentos operam com até 100.000 volts e ionizam até 9,0 m²  ao redor do pintor.
  • Todos os equipamentos da pintura eletrostática pó devem ser  manipulados por operadores treinados.
  • Sempre faça a manutenção dos equipamentos e, se achar necessário, troque as peças para que não corra o risco de pegar fogo na parte interna da cabine e causar danos físicos ao operador. 
  • Verifique se a plataforma de operação está bem aterrada.
  • Use fio de 4,0 mm de bitola no aterramento, pois essa é a indicação da NBR 5410.
  • Para que a descarga da carga estática seja direcionada automaticamente para a terra, faça o aterramento de todo o sistema de pintura.
  • Seja para pistola ou para braceletes, o operador também precisa estar com equipamento de aterramento.

Para ter os melhores produtos para o seu projeto de pintura eletrostática a pó, conheça agora mesmo o catálogo da InaTintas. 

Conclusão

Com esse artigo, a nossa missão era te esclarecer o que é pintura eletrostática.

E como você viu, ela nada mais é do que uma pintura que fixa a tinta por meio de cargas elétricas, sendo ideal para superfícies metálicas, como portões de aço.

Na prática, a pintura eletrostática é é feita por meio de uma pistola especial, com um compartimento para inserir o pó que é esguichado para fora da pistola com cargas positivas e negativas.

Desta maneira, a superfície em que a tinta é aplicada fica carregada eletricamente com as cargas que são opostas as cargas da tinta.

Então, quando o pó esguichado pela pistola encontra a superfície que está sendo aplicada, acontece o que movimentação de atração entre as cargas opostas, o que leva as tintas a conflito fixas no material.

Aterramento Elétrico para Cabine de Pintura Eletrosática

Leia o artigo até o final e nunca mais deixe a tinta ou o verniz cair pelo chão!

Todos os profissionais de pintura a pó eventualmente terão problemas de revestimento, como:

  • dificuldade de penetração nas áreas da gaiola de Faraday
  • retro-ionização
  • alastramento irregular do filme
  • consumo excessivo de tinta

Isso não é uma questão de “se”, mas sim de “quando” isso vai acontecer.

E solucionar a causa raiz dos defeitos pode ser complicado, mas um bom lugar para começar a olhar é o sistema de aterramento. 

Os problemas listados acima podem ser causados por outros motivos, mas pode ter certeza que um aterramento com problemas vai causar uma série de defeitos de revestimento. 

De acordo com uma pesquisa do Instituto Powder Coating, 80% das pinturas não tem um aterramento bem feito.

E mesmo com a cabine de pintura aterrada, raramente, ou nunca, vemos uma peça bem aterrada sendo apresentada para pintura a pó. Isso é realmente uma pena, pois a maneira mais eficaz de maximizar a eficiência de transferência e acabamentos de alta qualidade é ter um caminho de aterramento de alta qualidade e baixa resistência, não apenas da cabine, mas que chegue até a peça.

Por isso é muito importante sempre estar com o aterramento funcionando corretamente.

E para te ajudar com isso, preparamos esse artigo sobre esquema de aterramento, para que você nunca mais deixe a tinta cair pelo chão!

O que são esquemas de aterramento?

O esquema de aterramento é uma maneira de proteger equipamentos elétricos e profissionais para um projeto ser bem sucedido maximizando a transferencia do pó para o substrato.

Para isso, existe uma norma que regula qualquer esquema de aterramento, a NBR – 5410. Caso ela não seja cumprida à risca, alem de uma baixa adesão da tinta no seu substrato, os profissionais e os equipamentos ficam em risco.

Nesse sentido, existem seis esquemas de aterramento, sendo eles:

  • esquema TN
  • esquema TN-S
  • esquema TN-C
  • esquema TN-C-S
  • esquema TT
  • esquema IT

Qual é a função dos esquemas de aterramento?

A função do esquema de aterramento é garantir mais eficácia e aumentar a eficiência de transferência e acabamentos de alta qualidade em processos de pintura.

O conceito e a ciência são fáceis de entender mas aparentemente difíceis de seguir. Mas, em linhas gerais, o aterramento adequado é importante para que o pó grude na peça, e não no braço do pintor ou que caia no piso.

Isso porque o processo de ionização das partículas de tinta também cria íons livres. Nós queremos que as partículas de tinta ionizadas grudem na peça, e que os íons livres sejam “escoados” pelo aterramento. 

Um aterramento ruim degradará significativamente a eficiência dessa relação entre tensão, resistência e corrente, e causará uma deficiência na eliminação dos íons livres depositados nas peças.

E isso, por sua vez, leva a uma superabundância de íons livres na superfície da peça, criando retro-ionização (casca de laranja). Lembrando que as cargas iguais se repelem, então um íon livre acaba repelindo a partícula ionizada e causa uma aplicação com irregularidades.

Como saber se meu aterramento está adequado?

Um bom indicador de que seu aterramento não está adequado é quando, no processo de pintura, há mais pó no pintor do que na peça sendo pintada. Se a cor da mão do pintor estiver da mesma cor pintada na peça, então ele está sendo um aterramento melhor do que a cabine. Se você ver isso, melhore o aterramento da peça. Além de um melhor acabamento, você também vai economizar com tinta.

Outros sinais indicadores de aterramento insuficiente incluem:

  • halos ou cicatrizes de gancho onde a peça é conectada ao cabide.
  • acúmulo excessivo de pó no chão e nas paredes da cabine.
  • ouvir um som de “estalo” ao revestir uma peça.
  • grandes variações na espessura do filme sobre a superfície de uma peça.
  • a necessidade de aumentar a pressão da pistola para obter espessuras mínimas de filme.

O que define um bom esquema de aterramento?

Um bom aterramento no mundo da pintura em pó é definido de duas maneiras. Olhando do ponto de vista da segurança, um bom aterramento é definido como uma resistência ao aterramento de menos de um Megaohm (1.000.000 ohms). Isso está bem documentado na norma NFPA 33. Do ponto de vista da qualidade, as opiniões variam de zero ohms a um Megaohm. Na minha opinião, quando se fala em qualidade, o objetivo deve ser a menor resistência possível, zero ohms.

O melhor método para medir o aterramento é com o uso de um megôhmetro. Cada pintor de pó deve ter um ao lado de seu testador de espessura de filme. Eles operam de forma diferente de um voltímetro padrão ou qualquer outro testador de continuidade de baixa tensão. A diferença é que os dispositivos de baixa tensão conduzem o teste em tensões tão baixas que eles não podem fornecer uma leitura apropriada. Em outras palavras, leituras falsas de alta resistência serão mais comuns com voltímetros do que leituras feitas com um megôhmetro que testa em 500 a 1.000 volts.

Inspeções Regulares

Muitas pinturas instalam o seu equipamento e não fazer uma manutenção adequada. 

Com um Megohmetro em mãos, é fácil fazer uma inspeção semanal do seu aterramento.  Sem isso, não há garantia de que você tem um aterramento confiável: ganchos estão sujos, os fios podem ser cortados, as conexões se soltam e, infelizmente, o cobre é roubado. 

Todos levam à perda do caminho do solo.

Do Gancho até a haste de aterramento

Então, o que fazemos quando vemos, ou ouvimos, sintomas de um sistema de aterramento ruim, como o temido ruído de “estalo” durante a pulverização, ou retro-ionização e problemas na gaiola de Faraday? O primeiro lugar para começar a procurar são os ganchos. Se não houver um ponto de contato “limpo e claro” de metal com metal da peça para o gancho, para o transportador, então, substituir os ganchos sujos por ganchos novos, limpos ou descascados imediatamente, provavelmente resolverá o problema.

Mas eu não pararia por aí. Siga o caminho do gancho para o transportador ou rack e o ponto onde o aterramento está conectado e certifique-se de que cada ponto de conexão seja metal com metal. E, finalmente, siga o fio terra de volta ao ponto onde ele está conectado à haste de aterramento e certifique-se de que a conexão seja contínua. Se você fez tudo isso e ainda tem dúvidas, adicione uma segunda haste de aterramento a aproximadamente 50 cm de distância da primeira e meça a resistência (com um megôhmetro) entre as duas.

Baixa resistência indica um bom aterramento e alta resistência significa que seu solo não está produzindo efetivamente um bom aterramento. Muito provavelmente você nunca chegará a este ponto; a maioria dos problemas de aterramento é resultado da falta de caminho de aterramento da parte ao gancho para o transportador ou rack.

Tipos de esquemas de aterramentos segundo a norma NBR-5410

Segundo a NBR-5410, os esquemas de aterramento em baixa tensão são de três tipos: esquema TN, esquema TT e esquema IT.

Para entendê-los melhor, é preciso compreender as suas letras. Confira:

1ª letra: indica situação do neutro em relação à terra, como:

T = um ponto que está diretamente aterrado;

I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou então o aterramento de um ponto por meio de impedância.

2ª letra: se trata da situação das massas das instalações elétricas quanto à terra, na qual temos:

T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto da alimentação;

N = massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado;

Outras letras: indicam disposição do condutor neutro e do condutor de proteção, como:

S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores diferentes;

C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor.

Agora, entenda melhor sobre cada tipo de esquema de aterramento.

Esquema TN

Esse esquema neutro da fonte é aterrado diretamente, tendo as massas que são ligadas a esse ponto por meio de condutores de proteção.

Além disso, esse esquema pode ser de três tipos:

  1. Esquema TN-S: no qual o condutor neutro e a proteção são diferentes.
  1. Esquema TN-C: em que os condutores neutros e condutores de proteção são combinados em um único condutor(PEN).
  1. Esquema TN-C-S: no qual o condutor neutro e a proteção combinam em uma parte da instalação e são separados em outra parte da instalação.

Esquema TT

De maneira geral, o esquema TT tem o neutro diretamente aterrado, com as  massas da instalação ligadas a um eletrodo de aterramento, totalmente independente de um eletrodo de aterramento que seja neutro.

Esquema IT

O esquema IT tem o neutro isolado da terra ou conectado por meio da inserção de uma impedância de valor elevado.

Desta forma, as massas são aterradas em eletrodos de aterramento diferentes do eletrodo de aterramento da alimentação.

Para uma pintura eletrostática de qualidade e com o melhor acabamento, conte com os produtos da InaTintas.

Conclusão

Como você viu ao longo deste artigo, o esquema de aterramento nada mais é do que uma maneira de proteger equipamentos elétricos e profissionais para um projeto ser bem sucedido, com alta eficiência de transferencia do pó.

Ficou alguma dúvida?

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